
As cartas de Tarot surgiram entre os séculos XV e XVI, e foram criadas para um jogo de mesmo nome, que era jogado pelos nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais da Europa continental.
A primeira grande publicidade acerca do uso divinatório do tarot veio de um ocultista francês chamado Alliette, sob o pseudónimo de "Etteilla" (o nome escrito ao contrário), que actuou como vidente e cartomante logo após a Revolução Francesa.
Etteilla desenhou o primeiro baralho esotérico, adicionando atributos astrológicos e motivos "egípcios" a várias cartas, elementos alterados do Tarot de Marselha, e incluíndo textos com significados divinatórios escritos nas cartas. Mais tarde, Mademoiselle Marie-Anne Le Normand popularizou a divinação durante o reinado de Napoleão I, pela influência que exercia sobre Josefina de Beauharnais, primeira esposa do monarca. Contudo, ela não usava o tarot típico.
Mais tarde, as cartas de tarot são associadas ao misticismo e à magia. Naquela altura, o tarot não foi amplamente adoptado pelos místicos, ocultistas e sociedades secretas até os séculos XVIII e XIX. A tradição começou em 1781, quando Antoine Court de Gébelin, um clérigo suíço, e também maçon, publicou Le Mond Primitif, um estudo especulativo que incluía o simbolismo religioso e seus remanescentes no mundo moderno. Primeiro, De Gébelin, afirmou que o simbolismo do Tarot de Marselha representava os mistérios de Ísis e Thoth. Posteriormente, De Gébelin, afirmava que o nome "tarot" viria das palavras egípcias "tar", significando "rei, real", e ro, "estrada", e por isso o tarot representaria o "caminho real" para a sabedoria. O mesmo autor referiu que os ciganos, que estavam entre os primeiros a usar o tarot para uso divinatório, eram descendentes dos antigos egípcios (daí a semelhança entre as palavras gypsy e Egypt, em inglês, mas isto na verdade, é um estereótipo que atribuiram a qualquer tribo nómada), e introduziram as cartas na Europa.
Apesar disso, a identificação do tarot com o "Livro de Thoth" já estava firmemente estabelecidas na prática ocultista e segue como uma lenda urbana até aos nossos dias.
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