sábado, 18 de outubro de 2008

Pronto...


Chegou ao fim esta visita guiada!...
Foi um prazer dar-vos a conhecer algumas dádivas da Natureza e deixo um apelo: "Respeitem a Natureza, ela é nossa amiga"!


Espero que tenham gostado.. :)


Um Abraço a todos,

Louro “loureiro-vulgare / loureiro dos poetas”



Planta aromática e condimentar. Árvore de folhas persistentes, atinge de 7 a 20 m de altura. Origem: Sul da Europa e Ásia Menor. O loureiro era a árvore consagrada de Apolo, deus grego da profecia, da poesia e da cura. O telhado do seu templo, em Delfos, era totalmente coberto de folhas de louro para proteger contra doenças, feitiçarias e relâmpagos. Antes de transmitir as profecias do oráculo, a sacerdotisa de Delfos, a meio dos rituais, mascava folhas de louro. Provavelmente, o seu estado de transe se devesse ao facto de que, em grandes quantidades , as folhas de louro são levemente narcóticas. O louro é o símbolo da poesia, das letras e do sucesso. A palavra “bacharelato” vem do latim baccalaurus, que significa “formando coberto de louros”. Nas antigas Grécia e Roma, era símbolo de sabedoria e de glória, e coroas de louro eram oferecidas aos vencedores de batalhas ou competições desportivas, assim como aos poetas.


Cultivo: Em solo rico e húmido e bem arejado, protegido do vento e com exposição ao sol. Pode ser cultivado em vaso.


Utilização: O louro é melhor seco do que fresco. Pode ser misturado com salsa e tomilho para fazer um raminho de cheiros. Como condimento, vai bem com qualquer tipo de prato salgado, e mais adequado em pratos que exigem cozimento de longa duração, pois o seu éleo essencial é libertado lentamente. A quantidade deve ser bem doseada, para não esconder o aroma e sabor de outros ingredientes. O louro é digestivo e estimula o apetite. Pendure um ramo de louro fresco para perfumar e refrescar o ar da cozinha.


Aromaterapia: O óleo essencial de louro pode ser usado em infusão, massagem e aromatização ambiental. Combina com óleos esseniais de pinho, aspic, benjoim, louro-das-antilhas, murta e zimbro.


“ A erva sagrada de Apolo, deus grego da cura, da profecia e da poesia. Os romanos o tinham como um símbolo da sabedoria e da glória. Coroas de louro distinguiam poetas e atletas nos grandes momentos.”

sábado, 11 de outubro de 2008

Manjericão “ Ocimum basilicum”



Planta suculenta anual com cerca de 50 cm de altura. Origem: Índia. Existem inúmeras variedades. O nome vem do grego basilikon, que significa “erva rainha”. Para os hindus, que deram início ao seu cultivo, o manjericão tinha uma essência divina e, por isso, nos tribunais, os juramentos eram feitos sobre a planta. Introduzida no Egipto há 4 mil anos, expandiu-se também para o Império Romano. Encontrado no túmulo de Cristo, depois da ressurreição, foi adoptado pelas igrejas ortodoxas, tanta para preparar a água benta, como em vasos deixados debaixo do altar. No Haiti é um símbolo de protecção que acompanha a deusa pagã do amor Erzulie.


Cultivo: Em solo bem arejado e húmido, protegido pelo vento. Sol quente, evitando o meio-dia. Pode ser cultivado em vaso. Deve ser regado no meio do dia e não ao entardecer. Se o tempo estiver muito quente, borrifar as folhas.


Utilização: De sabor e aroma muito agradáveis, quente e penetrante, complementa o do alho. É um dos ingredientes mais apreciados para temperar molhos, salpicar em saladas, especialmente a de tomate. É a base do molho pesto e combina bem com muitos pratos. Muito usado também para aromatizar o azeite e vinagre. As folhas são geralmente usadas inteiras; se for preciso, triturar ou picar com os dedos em vez de usar faca. Em pratos quentes, colocar o manjericão quando já estiver no fim do preparo, pois o sabor perde-se com o calor. O chá de manjericão é digestivo. E, mergulhando algumas folhas em vinho, durante algumas horas, obtém-se um bom tónico.


Aromaterapia: O óleo essencial de manjericão é tónico do sistema nervoso e sedativo. Pode ser usado como infusão, fricção, massagem, unguento e para repelir insectos. Combina com óleos essenciais de bergamota, gerânio, hissopo, alfazema, alecrim, cipreste, cedro, limão, sálvia-esclareia, tomilho, oregano, tea tree e zimbro.


“ Um delicioso componente da culinária no mundo inteiro. O seu aroma, textura e sabor dão prazer ao paladar (…) Reza a lenda que esta erva contém a essência divina. E é também uma poderosa erva do amor e da vaidade. As camponesas mexicanas carregam as suas folhas junto do corpo para atrair um pretendente.”

Sálvia “salvia officinalis”



Arbusto rústico, sempre verde, com altura média de 30 a 70 cm. Origem: Europa Mediterrânea. Da família das labiadas, apresenta uma grande variedade. Os gregos e os romanos acreditavam que a sálvia tinha o poder de curar todas as doenças e favorecer a longevidade. O nome deriva do latim salvare, que significa “salvar” , “estar de boa saúde”. Um antigo provérbio difundido na China, Pérsia e várias regiões da Europa dizia: “ Quem tem sálvia no jardim nunca envelhece”. Durante o séc XVII, era moeda de troca entre chineses e mercadores holandeses: 3 arcas de chá eram trocadas por uma única folha de sálvia.
Na antiga Roma, a sua colheita era cercada de cerimónias. Incompatível com os sais de ferro, desaconselhava-se a colheita com ferramenta feita com este metal.


Cultivo: Em solo leve, alcalino, seco e bem arejado, com exposição ao sol. A sálvia vulgar propaga-se por sementes, as demais verdades pegam por estaca. No plantio, manter intervalos de 40 a 60 cm. Podar frequentemente para manter os ramos.


Utilização: As folhas são usadas em temperos de carnes, aves, manteiga, queijos e vinagres. É um dos ingredientes da vinha-d’alho. Não deve ser misturada com outras ervas. Com as flores prepara-se um chá leve e balsâmico.


Aromaterapia: O óleo essencial de sálvia é estimulante, anti-depressivo e afrodisíaco. Pode ser usado em banhos, aromatização ambiental, escalda-pés, massagem facial, shampôo anti-caspa, e desodorizante. Combina com óleo essencial de cipreste, hortelã-pimenta, cravo, funcho, alfazema, alecrim, manjericão, petitigrain, limão, néroli e zimbro.



“ Diz a lenda que quem tem sálvia no jardim não envelhece. Para os antigos romanos a sálvia era uma erva sagrada e a sua colheita, uma verdadeira cerimónia (…) Outra lenda reza que se trata de uma erva caprichosa, e que, se misturada com qualquer erva de culinária, sente-se ofendida, pois gosta de ter toda atenção só para si.”

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Camomila “ chamaemelum nobile”



Planta vivaz e anual, alcança de 30 a 50 cm de altura. Origem: Europa. O aroma intenso da camomila despertou o interesse das antigos pesquisadores que acabaram por descobrir várias propriedades que a tornariam tão famosa. Os antigos egípcios tratavam uma doença semelhante à malária com o chá das suas flores. N a Espanha, um tipo de vinho aromatizado com flores de camomila é usado como digestivo. Dizem que a camomila dá muita sorte e ajuda a atrair dinheiro, por isso, em tempos remotos, os jogadores costumavam lavar as mãos com chá de camomila antes dos jogos importantes.


Cultivo: Em solo leve e bem arejado em regiões de clima moderado. Precisa de receber luz solar, pelos menos, 5 horas diárias. Semear entre os meses de Abril e Maio. As sementes não devem ser enterradas muito fundo, pois necessitam de luminosidade para brotar. Cultivada em pequenos grupos pelo jardim, favorece a saúde de outras plantas, podendo inclusive, curar plantas doentes.


Utilização: A camomila é um dos remédios mais populares, desde os nossos antepassados, pelas suas inúmeras propriedades terapêuticas: sedativa, anti-inflamatória, anti-alérgica, anti-séptica, digestiva, alivia cólicas menstruais e tensões da menopausa. Acalma as pessoas nervosas e bebés incomodados com gases no estômago e nos intestinos. O chá natural é usado para realçar o tom dourado dos cabelos louros. Em compressas, suaviza olheiras e olhos inchados. As flores secas de camomila em travesseiros deixam um aroma delicado que acalma e diminui a ansiedade. Um punhado de flores secas na água da banheira relaxa e favorece um sono tranquilo.


Aromaterapia: O óleo essencial de camomila-romana é sedativo e relaxante. Pode ser usado em inalação, infusão, massagens e máscara facial. Combina bem com óleos essenciais de alfazema, bergamota, rosa, néroli, petitigrain e patchuli.


“ Suavidade é a principal característica desta alegre plantinha. Tanto que tem sido usada, desde a Antiguidade, para acalmar os bebés. Muito eficiente também contra as insónias, crises de ansiedade e stress.”