quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Maravilhas “ calendula officinalis”



Planta anual e rústica com cerca de 35 cm de altura. Origem: Egipto. As alegres e vibrantes maravilhas são muito comuns nos jardins. Desde a Antiguidade tem sido muito cultivada e usada como decoração e em cosméticos egípcios e hindus. Persas e gregos aromatizavam e decoravam a comida com as suas pétalas douradas.


Cultivo: Planta muito resistente, tolera quase todo o tipo de solo, mas é preferível argila fina e muita exposição solar. Semear na Primavera, em jardim ou vaso. Para florescer continuamente é preciso que as flores murchas sejam cortadas. Colher as flores desabrocharem e as folhas ainda novas.


Utilização: As folhas novas podem ser salpicadas em saladas e guisados. As pétalas das flores, de gosto picante, dão cor e sabor aos alimentos como arroz, peixes, sopas, omoletas, iogurtes e muitos outros. As flores secas dão cor viva aos potpourris. As maravilhas são anti-sépticas e têm propriedades cicatrizantes.


“ Esta simples e adorável florzinha tem a cara da alegria. Enfeita muitos jardins e muitas mulheres, pois é usada como componente de produtos cosméticos (…) Na Antiguidade, os hindus decoravam com maravilhas os altares dos templos e os egípcios acreditavam no dom do rejuvenescimento.”

sábado, 23 de agosto de 2008

Miosótis “myosotis”



Planta herbácea perene, de ramagem rasteira, que atinge 25 cm de altura na fase de florescimento. Origem: Europa e Rússia. Nas tradições e lendas populares, é considerada o símbolo da fidelidade e do amor sincero e diz-se que as flores azuis são devidas às lágrimas derramadas pela Virgem Maria. Também conhecida pelo nome “não-me-esqueças”.


Cultivo: Em jardins e canteiros com boa permeabilidade e ricos em matéria orgânica.
Precisa de sol constante, mas não deve ficar exposta nas horas mais quentes do dia.
Misturar um pouco de areia à terra para aumentar a drenagem e evitar que a planta fique encharcada.
A propagação pode ser feita através de sementes ou por divisão da planta.


Utilização: O miosótis tem o poder de confortar o corpo e a alma e dar forças a quem perdeu um ente querido e até mesmo o gosto pela vida. È usada contra a bronquite crónica, tuberculose pulmonar, sangramento intestinal e suor nocturno.


“ Com a sua humildade e pequena flor azul, esta plantinha tem o dom de emocionar e curar diversos males do corpo e da alma.”

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Alteia “ althaea officinalis”



Planta herbácea, perene e rústica, chega a atingir, 2 m de altura. Origem: China. As folhas são grandes e aveludadas e as flores cor-de-rosa ou brancas desabrocham no fim do Verão e início do Outono.
Apreciada pelos egípcios e sírios, a erva foi citada por Pitágoras, Platão e Virgílio.
Os romanos usavam a alteia na sopa de cevada. Os herbanários antigos apreciavam as suas propriedades laxantes.


Cultivo: Em solo húmido e moderadamente fértil com exposição ao sol. Semear na Primavera. Apanhar as folhas sempre que necessário. As sementes devem ser colhidas depois da sua maturação estar completa. As raízes devem ser retiradas no Outono.


Utilização: As sementes frescas podem ser comidas sozinhas ou misturadas com nozes nas saladas. Flores e folhas novas também combinam com as saladas. As folhas fervidas podem ser usadas quentes ou frias para suavizar mãos secas e cabelos secos e, aliviar queimaduras solares. A raiz é utilizada no combate à tosse e às insónias.


“ Citada por Pitágoras e Platão, esta planta era usada de várias maneiras pelos antigos. Uma delas, formando, com outros componentes, um unguento que protegia a pele contra o fogo, tornando-a resistente a dores e a queimaduras.”

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Arruda “ruda graveolens”



Arbusto perene que atinge até 1 m de altura. Origem: Europa e Norte de África. Na antiguidade, era costume usar ramos de arruda para aspergir a água benta sobre as pessoas nas missas solenes. Era também muito usada para proteger contra as bruxarias, propiciar o dom da premonição e para prevenir de doenças contagiosas. A folha da arruda inspirou o desenho do naipe de paus nas cartas de baralho.


Cultivo: Em solo bem arejado e alcalino com exposição ao sol. Também suporta a sombra pouco densa. Planta de germinação lenta, reproduz-se a partir de sentes. Semear na Primavera. Pode ser cultivada dentro de casa, deixando o ambiente com um aroma delicioso, mas deve ser colocada em local exposto ao sol.


Utilização: As sementes são usadas em infusão com levístico e hortelã para marinar aves. As folhas são amargas, mas uma pequena poção dá um toque almiscarado aos pratos de ovos, de peixes e ao queijo amanteigado. Um delicioso molho para carnes pode ser feito misturando uma porção de folhas picadas, ameixas e vinho.
Tem propriedades terapêuticas para aliviar dores de cabeça, ciática, tosse, cólicas e gases. Usada no banho de animais domésticos, acaba com as pulgas. As folhas secas, que contêm um poderoso insecticida, pode ser esmagada e salpicada para repelir insectos.


“ Na Antiguidade, chamavam-na de erva da graça. Leonardo da Vinci, por exemplo, dizia que esta planta possuía poderes que ampliavam a sua criatividade. Na crença popular, colocar um galhinho de arruda atrás da orelha afasta a inveja e a maldade.”

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Angélica “angelica archangelica”



Arbusto aromático, atinge de 1 a 2 m de altura. Origem: Norte da Europa e Rússia. A angélica foi considerada pelos antigos como um presente do Arcanjo Miguel, o grande defensor da humanidade, para livrar os homens das infecções e protegê-los de todos os males.


Cultivo: Em solo profundo e húmido à sombra. Se estiver ao sol, o solo deve ser coberto com um composto vegetal. Semear no início do Outono. As mudas devem ser transplantadas na Primavera.


Utilização: As folhas podem ser cozidas junto com frutas para reduzir a quantidade de açúcar necessária. É usada também como ingrediente de licores.
As flores são usadas em arranjos florais e as folhas para aromatizar potpourris. Em cosmética é utilizada como aromatizante de perfumes e cremes dentais. Tem propriedades diuréticas e estimulante do aparelho digestivo. As folhas são usadas como tónico para as constipações e flatulência. As sementes são usadas contra a má digestão e a raiz contra a acidez estomacal.


Aromaterapia: O óleo essencial de angélica é estimulante, aumenta a confiança. Pode ser usado em compressas, aromatização ambiental, banhos, infusão, inalaçãoe massagem. Combina bem com óleos essenciais de bergamota, erva-cidreira, limão, junípero e sálvia.


“ Usada desde a Idade Média para tratamento de muitos males, protege e conforta o coração e o espírito. O nome da planta, deriva do facto de, no Norte da Europa, desabrochar na época das festividades de São Miguel Arcanjo.”

Rosa Silvestre “rosa canina”



Arbusto rústico de raiz fibrosa, atinge 1,20 m de altura. Origem: Pérsia e Hemisfério Norte. O género de rosas é muito amplo com milhares de variedades. Entre as rosas silvestres, a espécie mais popular é a rosa canina, nome científico que em grego, Kinorhodon, significa dente de cão. Rosa, rainha das flores. A flor do amor, da beleza, do perfume inigualável. Inspiração dos artistas, guerreiros e amantes de todos os tempos. Cleópatra seduziu Marco António mergulhada em pétalas de rosas. O conquistador Saladino, ao entrar em Jerusalém, fez com que a Mesquita de Omar fosse purificada com água de rosas. A rosa silvestre, de 5 pétalas, representa o fogo espiritual do sol no coração do homem. A relação entre Vénus e a rosa de 5 pétalas simboliza o nascimento virginal e a ressurreição. Cinco é o número do homem que, de braços e pernas abertos, forma o pentágono regular, e estrela de cinco pontas. Cinco é o numero da vontade humana. O número do artista que deixa a sua marca na matéria.


Cultivo: Em solo argiloso e bem arejado. Exposição plena ao sol e protegida contra o vento. Semear no Outono e podar levemente na Primavera.


Utilização: A rainha das flores é também a mais perfumada, rainha da decoração de ambientes. Na culinária, as suas pétalas perfumadas podem ser usadas em saladas, compotas, vinagres, sorvetes e doces. Na Pérsia antiga, era comum o vinho de rosas. Na cosmética e na medicina tem delicadas propriedades curativas, sendo usada como tónico, anti-séptico e adstringente. Os frutos, cuja forma lembra os dentes dos cães, são ricos em vitamina C.


Aromaterapia: A massagem de óleo essencial de rosas é tão reconfortante e inspiradora que não posso deixar de citar os extraídos das espécies de rosa-branca, rosa-vermelha e rosa de damasco. Afrodisíacos, restauram a confiança nos relacionamentos e despertam o amor. Podem ser usados em banho aromático, massagem, fricção, compressa, escalda-pés, infusão, perfume, loções e travesseiro aromático.


“ Cinco é o número de pétalas da rosa silvestre. Cinco representa a força de vontade humana. (…) A rosa representa o fogo espiritual do Sol no coração do homem. É o símbolo do amor.”

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Salsa “Petroselinum crispum”



Planta bienal e rústica, com cerca de 40 cm de altura. Origem: Europa e Ásia. Existem muitas variedades de salsa. A Petroselinum neapolitanum, mais conhecida como salsinha, junto com a cebolinha e azeite forma o tradicional tempero “molho verde”.
Conhecida desde tempos remotos, a salsa era estimada pelos gregos, que a plantavam à volta dos canteiros e usavam-na na medicina. Segundo Homero, os guerreiros alimentavam os cavalos com a planta. Mas a sua utilização na culinária foi iniciada e difundida pelos romanos que também a usavam em enfeites para os convidados com a finalidade de evitar a intoxicação e eliminar odores fortes durante os banquetes.


Cultivo: Em solo rico, húmido e em sulcos fundos. Sob o sol ou sombra pouco densa. Semear entre a Primavera e o fim do Verão. Para uma germinação mais rápida, deixar as sementes de molho em água quente durante a noite.


Utilização: É uma das ervas aromáticas mais utilizadas na gastronomia mundial, saladas, omoletas, sopas e inúmeros pratos. Com a cebola tempera-se a maionese e a grande maioria dos molhos clássicos. Em pratos quentes, deve ser adicionada ao final da confecção do prato. Mastigar as folhas cruas refresca o hálito e ajuda a manter a pele saudável. Em infusão, é usada para amaciar e tonificar os cabelos.


Aromaterapia: O óleo essencial de salsa pode ser usado em massagem, banho, fricção, escalda-pés e infusão. Combina com óleo essencial de benjoim e angélica.


“ Uma erva muito respeitada na Antiguidade, como portadora de sorte, saúde e fertilidade. (…) Os gregos coroavam com salsa os vencedores dos Jogos Ístmicos. Ainda hoje, em Atenas e outras cidades gregas, podemos ver a salsa crescer verde e cheirosa em jardins e vasos colocados nas janelas e portas das casas.”

Amor-perfeito “ viola tricolor”



Herbácea perene, híbrida da família das violáceas, atinge 25 cm de altura. Origem: Europa e Ásia Central.
As flores com cores vivas são particularmente atraentes. Apresentam sempre 3 cores em combinações variadas de branco, roxo, amarelo, róseo e castanho. Por isso é também conhecida como a flor da “ divina trindade”.


Cultivo: Em canteiros a meia sombra, protegida do sol forte, com terra fertilizada, rica em húmus, mantida permanentemente húmida. Floresce no Inverno e na Primavera. Aprecia regiões mais frias e multiplica-se por sementes. Planta anual, precisa de ser replantada anualmente.


Utilização: Tem propriedades diuréticas e as suas flores, comestíveis, podem ser usadas em saladas ou sobremesas.


“ É apaixonante ver um jardim repleto de amor-perfeito, com as suas cores vivas e cheias de vida. É realmente uma expressão perfeita da Natureza. Mas as lindas flores do amor-perfeito têm o seu tempo de exuberância e beleza. Depois, fenecem, permanecendo a essência.”

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aloe Vera “ aloes/ erva babosa”



Planta perene, atinge de 30 a 90 cm de altura. Origem: Mediterrâneo, Ilha da Madeira e Canárias. Muito usada desde a Antiguidade, é chamada na América de “ planta da beleza”. As mulheres da Indonésia acreditam que a planta tem o poder de deixá-las mais bonitas, por isso, uma hora antes do banho cortam um pedaço da folha e esfregam-na no rosto. É também um dos remédios populares mais conhecidos contra a calvície.


Cultivo: Em solo arenoso e bem arejado, sob o sol pleno e directo, no mínimo 4 horas por dia. Também suporta a sombra pouco densa. Propagação por mudas laterais. Com folhagem atraente, carnuda e sempre verde, é uma excelente planta interior. As flores do Aloe Vera surgem em várias épocas do ano. Regar espaçadamente, pois precisa de pouca água.


Utilização: Hoje é um dos componentes mais explorados na indústria de cosméticos em cremes hidratantes, loções bronzeadoras, shampôos e condicionadores para o cabelo. Na indústria farmacêutica o Aloe Vera é usado também no fabrico de medicamentos para tratamento de queimaduras e outro problemas de pele, além de ser purgativo e tónico estomacal.


“ Diz a lenda que nas folhas verdes e carnudas desta planta escondia-se o segredo da beleza de Cleópatra (...) Adstringente e refrescante, o Aloe Vera é largamente empregado pelos laboratórios de cosmética para os cuidados da pele.”

Margarida “ chrysanthemum leucanthemum - leucanthemum vulgare”



Planta herbácea perene, pertence à família das compostas, a mesma do crisântemo, da dália e do girassol. Atinge altura média de 60 cm. Origem: Europa.


Cultivo: Em solo argilo-arenoso rico em matérias orgânicas, sob sol intenso. O cultivo é muito fácil. A propagação é feita por sementes ou pela divisão de touceiras. Pode ser cultivada em vaso.


Utilização: A versátil e alegre margarida é uma das opções mais populares do mundo, dando um toque singelo a diferentes arranjos para qualquer ambiente e ocasião, mesmo para uma festa requintada. Em vasos com água, duram bastante tempo. Pode-se cortar as flores bem rente e colocá-las a flutuar num recipiente de vidro com água. É simples, decorativo e deixa o ambiente de casa ou do trabalho mais alegre.


“ Alegre e extrovertida, a singela margarida é um exemplo de amor à vida.”

domingo, 17 de agosto de 2008

Verbena “verbena officinalis”



Planta herbácea, perene e rústica. Altura entre 30 cm a 1 m. Origem: América do Sul. Apesar de modesta, a verbena sempre teve um alto conceito e até mesmo um carácter sagrado para muitas culturas. No Egipto havia a crença de que a planta se tinha formado a partir das lágrimas de Ísis, a mãe Cósmica. Os sacerdotes gregos usavam-na sempre junto das suas vestes. Dedicada a Vénus, era usada no elixir do amor. Nos altares romanos era usada para a purificação espiritual. Já os druidas empregavam uma infusão floral com esta era para purificar a visão. E os anglo-saxões usavam-na em bálsamo sagrado como protecção contra os males.


Cultivo: Em solo argiloso, fértil e bem arejado, sob sol ou sombra pouco densa. Semear na Primavera. Pode ser cultivada dentro de casa.


Utilização: Na culinária, as folhas costumavam ser usadas em vários pratos e licores para despertar o amor. Compressas feitas com infusão das folhas aliviam olhos cansados e pálpebras inchadas. Na medicina, é usada como digestivo e sedativo.


“ Uma planta de muitos dons: atrai o amor, afasta o sofrimento, é afrodisíaca para os homens e as suas sementes trazem prosperidade por onde quer que floresçam.”

sábado, 16 de agosto de 2008

Lírio “lilium longiflorum”



Planta ornamental, chega a atingir 1,5 m de altura. Origem: China. Eterna inspiração de grandes pintores, o lírio foi usado na obra Anunciação para simbolizar a virgindade de Maria. Jesus, de acordo com o Evangelho segundo São Mateus, teria dito no Sermão da Montanha: “Vejam como crescem os lírios dos campos, eles não trabalham nem fiam, no entanto eu vos digo que mesmo Salomão, em toda a sua glória, nunca esteve vestido como um deles.”


Na antiga Judéia, as flores do lírio eram consideradas “dádivas da natureza” . Na mitologia grega, Minerva, ao ver o pequeno Hércules, filho de Júpiter e Alcmena, abandonado, pediu à deusa Juno que o amamentasse. Ao fazê-lo, Juno produziu tanto leite que, transbordando, o líquido regou o céu e a terra. No solo, o leite fez brotar lírios e, no céu, deu origem à Via Láctea. Na Grécia Antiga, as noivas usavam uma coroa de lírios, indicando pureza. Na tradição católica, a flor também está ligada ao Santo António e, portanto, ao casamento, à doçura, à inocência, à pureza da alma.


Cultivo: Em jardim, com solo bem adubado e permeável. Clima ameno e sol pleno com irrigação periódica. O cultivo é um tanto complicado e recomenda-se adubo orgânico.


Utilização: Em arranjos florais. O lírio floresce em Outubro e Novembro e é muito usado como flor de corte para o dia de finados. Um dos seu nomes populares, inclusive, é “lírio dos finados” . Egípcios e gregos usavam o lírio, principalmente para uso externo, em queimaduras, ferimentos e úlceras. Por suas propriedades terapêuticas, também era indicado para tratamentos de rugas e manchas de pele, dores de garganta, problemas renais e vesícula.



“Celestial e cósmico é o lírio. A flor presente na visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria simboliza a pureza do coração. É também um prenúncio de boas-novas.”

Coentro “Coriandrum sativum”



Planta anual e rústica com altura até 60 cm. Origem: Oriente.
O coentro é uma erva lendária usada tanto na culinária como na medicina há mais de 3000 anos. Foi citado em papiros, em textos sânscritos, em As Mil e uma Noites e também na Bíblia. Os chineses acreditavam que a planta conferia a imortalidade. Muito popular no Antigo Egipto, foi trazido para o Ocidente pelos romanos. Segundo Paracelso, famoso alquimista e médico suiço-alemão do séc XVI, seus frutos triturados e misturados com almíscar, açafrão e incenso produz um perfume muito poderoso nas práticas de magia sexual. O coentro tem um aroma forte, penetrante e estimulante do apetite. No final da maturação, o aroma das sementes, ligeiramente narcóticas, torna-se adocicado e picante. As folhas de corte irregular lembram a salsa. As flores são brancas ou rosadas.


Cultivo: Em solo rico e leve, com exposição ao sol. O plantio deve ser longe do funcho (erva-doce). Pode ser cultivado dentro de casa, mas é preciso gostar do aroma forte.


Utilização: Na culinária, as folhas dos coentros são um delicioso tempero para peixes, saladas, sopas e muitos outros pratos. As sementes são usadas em chutney de tomate, ratatouille, salsichas e picles. Também são usadas em potpourris de ervas para aromatizar o ambiente. A raiz fresca pode ser cozida como hortaliça. O coentro é digestivo, tónico, sedativo e purifica o sangue.


Aromaterapia: O óleo essencial de coentro é excitante e afrodisíaco. Pode ser usado em massagem, banho aromático, compressas e difusor aromático. Combina bem com óleos essenciais de anis, cardamomo, bergamota e sálvia.



“Uma era milenar que, na Bíblia, teve as suas sementes comparadas ao Maná. Para os antigos chineses, tinha o poder da imortalidade. Na Idade Média, era usado como afrodisíaco e no elixir do amor. Muitos pratos da culinária brasileira e de outros países sul-americanos têm um tom marcante do seu aroma e sabor. Esta é uma erva da qual ou se gosta muito ou tem-se aversão.”

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Macela “chamaemelum nobile - anthemis nobilis”


Planta aromática, viva, rústica atinge de 20 a 30 cm de altura. Origem: Egipto, Europa e América do Sul.
Uma planta muito antiga e, pelas suas propriedades curativas, é uma das preferidas dos egípcios, que a dedicavam ao sol. Na Grécia era receitada para acalmar febres e perturbações femininas. Suave e ao mesmo tempo resistente, a macela inspirou um antigo provérbio que fala sobre a coragem na adversidade: “ É como a macela, quanto mais a pisam, mais floresce.”


Cultivo: Em solo leve e bem arejado com exposição ao sol. A reprodução é por sementes. Semear na Primavera. Cultivar a macela próximo de outras plantas que estejam enfraquecidas e murchas, pois as fará reviver.


Utilização: O suave e relaxante aroma da macela, que nas folhas lembra o da maçã, alegra o espírito e favorece a saúde e o corpo, por isso era muito usado em inalações ou fumado para aliviar a asma e curar a insónia. Tónico e sedativo, o chá de macela ajuda a descontrair os músculos faciais. Usada na água do banho, tonifica e alivia queimaduras provocadas pelo sol. Folhas e flores podem ser usadas em potpourris, travesseiros e almofadas aromatizadas.

“ Uma erva sagrada no antigo Egipto, pelos inúmeros benefícios que trazia para a saúde. Na Grécia, era sinónimo de coragem e persistência e era também muito empregada como revigorante do corpo e do espírito, pelo seu aroma agradável e relaxante.”

Verbasco (verbascum thapsus)


Planta bienal e rústica, atinge 2,5 m de altura. Origem: América do Norte. O uso desta planta vem da antiguidade, especialmente como protectora contra a feitiçaria. A própria estrutura das folhas, coberta por pêlos macios, afasta os insectos e os animais, pois irritam a mucosa dos animais nas pastagens. Outra curiosidade é o seu engenho para a recolha da água da chuva que, recolhida pelas folhas mais pequenas, passam para as maiores até chegar às raízes. Com a excepção da flor, a planta é levemente tóxica.


Cultivo: Em solo calcário, bem arejado ao abrigo do sol, embora não seja uma planta de interior. Semear na Primavera ou no Verão. Nos jardins, o pólen e o néctar das flores do verbasco atraem as abelhas.


Utilização: As flores, de um amarelo vivo, são usadas em arranjos florais e, secas para dar cor aos potpourris. Na cosmética, as flores são usadas em cremes e vapor facial para suavizar e amaciar a pele. Os cabelos claros ganham mais brilho com uma infusão forte feita com as flores. Na medicina é usada no tratamento da tosse, rouquidão, asma, ajudando a limpar mucos respiratórios.

“ Diz a lenda que, por ser uma planta mágica, foi dada a Ulisses, em forma de poção, para evitar que a feitiçaria de Circe o transformasse em porco, como o fez com toda a sua tripulação.

O verbasco cresce com a energia de Saturno e tem folhas aveludadas, cobertas de pêlos macios. Macio como deve ser um afago, um carinho.”

Capuchinha " Tropaeolum majus"


Planta herbácea, que pode ser usada como forração ou conduzida como trepadeira como trepadeira até 5 m de comprimento. Origem: Peru, México e outras regiões da América Central. A capuchinha também é popularmente conhecida como chagas, agrião do méxico e flor-do-sangue, nome provávelmente devido à fama que a planta adquiriu como anti-anémica. Intimamente ligada à sensibilidade e à emoção, na Europa de séculos passados a capuchinha tinha tanto destaque nos jardins quanto a poesia, a música e a pintura na vida social.

Cultivo: Pouco exigente quanto ao solo, pode ser cultivada num canteiro ou vaso onde possa receber bastante luz solar. Decorativa, pode formar os contornos dos jardins ou plantada em jardineira para que floresça numa varanda ou peitoril ensolarado. Reproduz-se por meio de sementes ou por divisão de touceiras. As regas devem ser espaçadas. O excesso de húmidade facilita a proliferação de fungos e deixa o ambiente propício para lesmas e caramujos. Se o cultivo for destinado à alimentação, prepare um local especial onde possa contar com a luminosidade necessária para o seu desenvolvimento e se mantenha livre de formigas e outras pragas. Se necessário, procure usar recitas naturais e caseiras para controlar os problemas.

Utilização: Na culinária, a capuchinha é um saboroso e colorido ingrediente para saladas. Tanto as folhas como as flores apresentam seiva de sabor picante, muito parecido com o agrião. Na medicina natural é usada no tratamebto do escorbuto (carência de vitamina C). Tem efeito expectorante e purificador, estimula a menstruação.

" Uma planta tropical com flores de cores vibrantes que irradiam luz e calor, como a própria emoção. Na época das grandes manifestações artísticas na Europa, os jardins dos artistas, poetas e pensadores eram repletos de capuchinhas, numa perfeita sintonia com emoção e as artes reinantes. Com o passar do tempo, as expressões artísticas perderam a sua força e as capuchinhas quase não crescem mais na região."

Lavanda ou Alfazema " lavandula officinalis" - ( Nardo, Espicanardo)


Sub-arbusto rústico que atinge 45 cm a 1 m de altura. Existem várias espécies, com variações nas cores das folhas, de verde a cinza prateado e das flores, de rosa muito pálido a róseos purpúreos e azuis. Origem: Ilhas Canárias, Norte e Oeste da África, Sul da Europa, Mediterrâneo, Arábia e Índia. Outra planta muito antiga, histórica e benéfica. Era "nardo" para os gregos, em referência a Naarda, cidade Síria às margens do Rio Eufrates. São Marcos chamava-a de espicanardos. A fragrância única da lavanda sugere traquilidade, pureza, frescura e limpeza. Sempre presente nos banhos dos antigos gregos e romanos, o seu nome deriva do latim lavare (lavar). Muito conhecida na antiguidade por replir insectos e pelo perfume duradouro, era usada para disfarçar os maus cheiros nas casas e nas ruas. Conta-se que no tempo da peste, os fabricantes de luvas não eram atingidos porque perfumavam o couro com lavanda.


Cultivo: Em solo arenoso, com cálcio e bem arejado. Exposição directa ao sol para evitar doenças provocadas pelos fungos. Plantar com intervalos de 120 cm. O cultivo em vaso é possível, mas é mais difícil.


Utilização: A flor da lavanda é usada como chá e para aromatizar compotas e para decorar sobremesas. Também muito usada na decoraçãoe aromatização de ambientes. Travesseiros e almofadas recheadas de alfazema são traquilizantes naturais. Alivia as dores de cabeça, insolação, fraqueza, vómitos e crises nervosas. Os tónicos à base de lavanda aceleram a substituição das células nas peles sensíveis e delicadas. É também anti-séptico contra o acne.


Aromaterapia: O óleo essencial de lavanda (alfazema) é neurossedativo, anti-depressivo, anti-melancólico, refrescante e calmante. Pode ser utilizado em travesseiro aromático, banho, escalda-pés, massagens, infusão e aromatização ambiental. Combina com óleos essenciaisde gerânio, manjericão, bergamota, limão, toranja e erva-cidreira.


"Feche os olhos e transporte-se mentalmente para um campo de lavanda. Certamente, irá recordar-se do seu suave perfume e poderá senti-lo trazido pelo vento. Ah! Que reconfortante e agradável cheiro de limpeza. Sinónimo de pureza e tranquilidade, a lavanda era muito utilizada no banho e nos lençóis dos gregos e romanos."

Girassol "helianthus annus"


Planta da família das compostas, atinge 3 m de altura. Origem: Oeste dos Estados Unidos. Cultivado há mais de 3 mil anos pelos índios americanos, seu nome científico, helianthus, deriva do grego helios (sol) e significa "flor do sol" devido, provavelmente, à sua imponência e porte majestoso. Foi introduzido na Europa no séc XVI e a sua cultura, em larga escala, teve início na Rússia onde até hoje as suas sementes são oferecidas em restaurantes e vendidas nas ruas. Pela sua grande capacidade de absover água do solo, a planta foi utilizada para recuperar as terras pantanosas da Holanda.


Cultivo: O solo ideal para o plantio deve ser composto de: 1 parte de terra comum, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de areia. O girassol, como o próprio nome diz, precisa de um local bem ensolarado com, no mínimo, 4 horas de sol directo, todos os dias.

No jardim, os girassóis são majestosos e as flores estão sempre voltadas para o sol. Por ser uma planta anual, recomenda-se o plantio todos os anos.

Para cultivar em vaso, prefira mini-girassóis "helianthus annuns nanus", que atingem no máximo 1 m de altura. Cuide para que a superfície da terra nunca fique totalmente seca. Adubações periódicas garantem uma planta saudável e floração abundante.


Utilização: Das sementes até às flores e ramos, tudo no girassol pode ser utilizado. Na culinária, os botões das flores podem ser adicionados crus às saladas ou cozidos como alcachofras. As sementes germinadas podem ser usadas em saladas e sanduíches. O óleo de girassol também é largamente empregado na indústria alimentícia.


Aromaterapia: O óleo alimantar de girassol é usado em aromaterapia, como base para a diluição de óleos essenciais.


" A dourada flor do Sol. Venerada pelos índios americanos e pelos astecas. No séc XV, os astecas coroavam as sacerdotisas do sol com as suas flores, para as cerimónias sagradas. Hoje, das sementes às pétalas da sua flor, tudo no girassol é utilizado, na alimentação e na cura."

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Erva-de-são-joão "hipericum perforatum"- hipericão


Pequeno arbusto, de porte erecto, atinge cerca de 1 m de altura. Origem: Europa, Leste da Rússia, China, Austrália, África e América.

Hipócrates, pai da medicina, recomendava o hipericão como remédio anti-inflamatório e refrescante. Sebastián Kneipp recomendava passar o óleo, desta planta, em contusões, artrites, nevralgias e processos dolorosos.

Cultivo: A erva-de-são-joão cresce abundantemente em solo arenoso e floresce em 24 de Junho, dia de São João. As suas folhas são opostas, aos pares e se colocadas contra a luz, podem ser vistas as sua glandúlas translúcidas com óleo. As flores são numerosas de cinco pétalas persistentes, de coloração amarela.

Utilização: Planta aromáticae medicinal, a erva-de-são-joão é expectorante e cicatrizante. Outras variedades de hipericão têm as mesmas propriedades terapeuticas do hipericão ordinário. Empregado também nas perturbações psíquicas, estados depressivos, ansiedade excitamento nervoso e como calmante nos casos de insónias.

"A erva-de-são-joão (hipericum perforatum) floresce no zenite do Sol, no meio do Verão. E é o Sol quem lhe imprime um grande poder de cura, actuando no fortelecimento dos nervos e da alma, afugentando o tédio e a melancolia."

Hera "hedera helix"


Planta trepadeira que atinge 6 m de altura. Origem: América do Sul e Austrália. No seu habitat de origem, a hera apresenta-se como uma árvore, com auto-sustentação e com folhas ovais e pontiagudas em galhos floridos. Ao ser levada para o norte, devido à diminuição da sua força vital, perdeu firmeza de árvore, tornando-se uma planta rastejante. As suas folhas também mudaram a forma para pentagrama.

A forma pentangular da hera está relacionada com o pensamento e o auto-controlo, actuando, desta forma, contra a embriaguez. Conta-se que Dionísio, o deus do vinho, foi coroado com folhas de hera.

Cultivo: Como trepadeira, a hera cresce apoiada em muros e paredes e precisa de bastante sol. As sua folhas, sempre verdes, espalham-se rapidamente e as pequenas flores amarelo-esverdeadas florescem em Novembro. A partir de uma muda tirada de um galho florido, pode-se obter a original árvore robusta com folhas ovais.

Utilização: As folfas são usadas em medicamentos contra dores de ouvidos e ciática. As folhas ovais esmagadas com vinho e água de rosas, em compressas sobre as temporas, acalmam a raiva e as excitação. A seiva pegajosa do caule maduro elimina pêlos indesejáveis.

Propriedades: adstrigente, germicida, vermífuga, sudorífica e calicida. Combate o catarro, a icterícia e a hidropisia. Em cremes e loções, a hera alivia queimaduras do sol, combate a celulite, ajuda a dispersar os fluídos e as toxinas. O suco pode ser usado para tingir os cabelos de preto. Manchas de frutas nas roupas podem ser tiradas colocando na água uma folha da planta.

"A hera -hedera helix- é originária da extremidade meridional da América do Sul e da Austrália, onde é uma árvore que se sustenta por si só. Ao ser levada para o norte, tornou-se uma planta rastejante, enroscando-se nas outras árvores e muros. Insistindo em florescer durante o mês de Novembro (Inverno no hemisfério norte), mostra um forte apego ao seu antigo período de florescimento, o Verão do hemisfério sul."

Erva-doce "Foeniculum vulgare" - Funcho


Planta perene ou bienal, chega a 2,5 m de altura. Origem: Europa. Cultivada desde a Antiguidade, era uma das ervas preferidas dos romanos. Guerreiros e gladiadores comiam funcho para manter a força e o vigor. Já as mulheres romanas era com objectivo de combater a obesidade. Plínio listou 22 usos para a erva-doce. Pelos seus inúmeros poderes, inclusivé os terapeuticos, Carlos Magno, em 812 d. C, decretou o cultivo desta planta em todos os jardins imperiais.


Cultivo: Em solo argiloso e bem arejado, com exposição ao sol para que a semente amadureça. Semear do fim da Primavera ao início do Verão. Não é uma planta para ser cultivada dentro de casa. A erva-doce deve ser cultivada isoladadas outras plantas, pois prejudica todas à sua volta. Não plantar perto do coentro, absinto ou erva-cidreira, que prejudicam a sua produção de sementes.


Utilização: Da semente à raíz, tudo na erva-doce é comestível. As sementes podem ser usadas em molhos, peixes e pães. São usadas também para perfumar carnes na grelha, linguiças e salames, para temperar maçãs assadas e dar um sabor especial e característico a alguns biscoitos ou bolos. As folhas, os caules novos, assim como a raíz, fazem deliciosas e refrescantes saladas. Mastigar as sementes suaviza o hálito. As sementes e as folhas usadas em vapores faciais e banhos promovem uma limpeza profunda.


Aromaterapia: O óleo essencial de erva-doce é calmante e relaxante. Pode ser usado em infusão, massagem, banho, compressa, cataplasma e escalda-pés. Combina bem com óleos essenciais de erva-cidreira (lemongrass), sândalo, alecrim, sálvia e endro.


"Uma das 9 ervas sagradas para os anglo-saxões, que creditavam a esta planta poderes contra o mal. Podemos dizer que se trata de uma planta de temperamento forte e decidido, pelas características que mostra no plantio: ela prejudica as demais plantas à sua volta, não combina com o coentro e não produz semente quando plantada perto do absinto e da erva-cidreira."

Arnica "arnica montana"


Planta aromática, chega a atingir 70 cm de altura. Origem: Norte da Europa. Conhecida desde tempos remotos, a Arnica é usada na cicratização de ferimentos graças às suas propriedades regeneradoras dos tecidos.

Cultivo: Em solo arenoso e rico em húmus com exposição ao sol. É uma planta de germinação lenta, deve ser semeada na Primavera. As suas folhas são ovais e formam rosetas. As flores são grandes, amarelas, perfumadas e desabrocham durante todo o Verão. Por ser uma planta originária dos solos ácidos das montanhas europeias, e o cultivo é mais difícil no Brasil.

Utilização: A planta é potencialmente tóxica e não deve ser ingerida. O seu uso como medicamento externo remonta a tempos muito antigos. É usada, na forma de tintura ou pomada, nos casos de quedas, batidas, contusões, artrites, dores reumáticas, hematomas, torsões e pequenos traumatismos. É, também, encontrada na forma de loções capilares na composição de shampôos e condicionadores contra a queda de cabelo. O escalda-pés com Arnica é relaxante e é particularmente indicado após um dia cansativo e longas caminhadas.

" A Arnica cresce nas montanhas, espalhando um suave aroma pelos campos. Esta pequena planta, cuja a essência é muito utilizada para aliviar dores causadas por quedas e batidas."

Confrei "Symphytum Officinale" - Consólida-maior


Planta herbácea perene, alcança 1 metro de altura: Origem: Encontrada em praticamente todas as regiões do planeta. As sua folhas chegam a ter 30 cm de largura e as suas flores são brancas, amarelas e violáceas.

O nome Symphytum tem origem grega (symphein = coalescer), significa "crescer junto" e refere-se à propriedade da raiz mucilaginosa que une e cicatriza a carne e os ossos. Segundo, Culpepper, médico e astrólogo do século XVII, o seu poder de unir e consolidar é tanto que, se fervido junto com carne picada juntará os pedaços novamente.

Cultivo: Em solo rico em matéria orgânica, bem drenado e pouco ácido. Luz plena. O Confrei é de difícil cultivo, pois prefere os terrenos húmidos às margens dos rios, lagos e lugares frescos.

Utilização: O Confrei é considerado uma farmácia completa, usado em tratamentos internos e externos, actuando como anti-inflamatório, anti-reumático, emoliente, adstrigente. É um excelente expectorante no combate de doenças respiratórias. Activa o pâncreas, produzindo mais insulina, por isso usado por diabéticos. É uma planta com maior poder cicatrizante em feridas e queimaduras usado também no tratamento da úlcera gástrica e duodenal. Estimula o crescimento celular e a formação de glóbulos vermelhos.

Usado em compressas, amolece os tecidos inflamados pelas dores, sendo usado em artrites e reumatismo crónico.

A seiva contida nas folhas e nas raízes estimula a formação de novos tecidos na pele, por isso é usada´em cosméticos, para suavizar as rugase prevenir o envelhecimento precoce.

" Sob a protecção de Saturno, o Confrei, - Symphytum officinale - consólida-maior, apresenta folhas que crescem sem hastes, directamente da caule, como se não pudessem existir de outra maneira. As suas folhas estão voltadas para a terra, numa atitude fechada e introvertida."

Alquemila "alchemilla vulgaris" - pé-de-leão


Planta herdácea, atinge de 15 a 50 cm de altura. Origem: África e Europa. O nome Alchemilla, do árabe alkemelych (alquímia) significa " pequena magia" certamente pelas inúmeras propriedades curativas. As suas flores amarelo-esverdeadas, em cachos aparecem no Verão.

As folhas da Alchemilla têm a forma de um manto que a cada manhã mostra no centro uma gota de orvalho. Poetas e alquimistas tiravam dela as suas inpirações e poções mágicas. Pelo seu aspecto de manto e a sua acção protectora e carinhosa, foi acolhida pela igreja Cristã que a chamou de "manto-de-nossa-senhora".


Cultivo: Em solo rico em argila húmida e alcalina. Exposição ao sol ou à sombra parcial. Semear na Primavera ou no Outono. As pequenas plantas podem ser cultivadas dentro de casa.


Utilização: Usar pequenas porções de folhas novas cortadas salpicadas sobre saladas. O sabor é levemente amargo.

A infusão é usada em compressas anti-inflamatórias e cicatrizantes; para desinfecção bucal após extração de dentes; como adstringente e loção contra o acne. Em forma de creme, amacia a pele seca. A erva está relacionada com o útero, sendo usada também no tratamento de inflamações dos orgãos sexuais femininos, para suavizar a menopausa e outros distúrbios ginecológicos.


"Alquemilla, alchemilla vulgaris - pé-de-leão, esta delicada plantinha, cujas folhas têm a forma de uma manto, traz a magia e a transformação. Os alquimistas colhiam as gotas de orvalho que amanheciam em suas folhas para usar nos seus processos alquímicos."

Aconito "Aconitum napellus" - Uma flor de Saturno


Planta perene, com raízes tuberosas, caule erecto e folhas alternadas, atinge 45 cm a 1 metro de altura.

Na antiguidade, os gauleses e os germanos envenevavam as suas setas com aconito. Especialistas dizem que esta flor, com a sua forma defensiva de elmo, sugere algo neurótico; se fosse uma pessoa, seria alguém magoado e introspectivo, por isso actua de forma terapêutica em nevralgias do nervo trigémeo que, no homem, se estende do pescoço até à face e o crânio. Exactamente para onde a pessoa magoada e introvertida direcciona a sua tensão.


Cultivo: O Aconito, que floresce em solos férteis, tem alto teor venenoso e é cultivado exclusivamente para fins farmacêuticos e utilizado na homeopatia.


Utilização: A planta é usada como componente de misturas medicinais analgésicas no tratamento de reumatismos, gota, ciática, dor de dentes. É também eficaz contra as dores e as afecções causadas por resfriamentos, sempre mediante precrição médica.


"Uma flor com energia de Saturno. A sua forma aristocrática e introvertida sugere os pensadores e eremitas, procurando na solidão encontar os seus próprios pensamentos."

Jardim Encantado...


Tão atraente e prazeroso quanto caminhar por um jardim, é descobrir os segredos de cada flor e de cada erva. Em inúmeras formas, cores e tamanhos, tão diferentes umas das outras cada planta tem a sua especificidade e o seu encanto.


Deixe-me fazer-lhe uma visita guiada por este "Jardim Encantado" e saboreie a fragrância e vislumbre toda a beleza que há em cada flor, neste local imaginário.


Abram-se as portas!


Sejam bem-vindos! :)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poema Japonês..


Um velho lago.

O sapo salta.

Plog!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tempo...



O Tempo corre,
como se "pés de vento" tivesse.
O Tempo voa,
como se "asas de condor" possuísse.
Por vezes díficil de acompanhar!...

O mundo gira.
(Mais uma volta!)
O calendário avança.
(Mais um dia!)
O relógio dita.
(Mais uma hora!)

A "Lei da Natureza" é inalterável.
O significado do tempo é correria,
quer de noite, quer de dia.

-Pára, Tempo! Podemos descansar!?
Mas a "Lei do Tempo" é avanço,
É movimento!..
O Tempo não pode parar!
O ponteiro do relógio tem de avançar!

Então, sejamos como o vento!
Sempre desprendido de tudo!
Sempre em movimento!
Aproveitando e valorizando,
Sempre, cada momento!!

Sejam Felizes! :)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amizade


"A verdadeira amizade é um tesouro inestimável. Poder contar com o apoio dos amigos quando precisamos, quando estamos alegres, ou nos momentos de tristeza e solidão, revela-se um bálsamo para a alma e enriquece o nosso espírito.
Não desperdíce nenhum gesto de amizade verdadeiro, ele provém sempre do coração.
A amizade flui de si e para si, porque é merecedora de todos os gestos de amizade verdadeira."

Para refectir!!!

" Se o Homem se limitasse a querer ser feliz, conseguiria com a maior felicidade do mundo. O errado é querer ser mais feliz do que os outros, isto torna-se difícil porque os outros nos parecem sempre mais felizes do que realmente são."

Por isso, façam o favor de serem felizes! :)

Luz


A Vida não pára.
A Vida é como um carrocel,
que gira, gira...
Sempre a rolar.
Sem parar.
Não pode encalhar!

A Vida não pára.
A Vida é como uma bola,
que salta, salta..
Sempre a pular
Sem parar.
Não pode estagnar!

E quando um obstáculo aparece!
O imprevisto acontece.
A alma esmorece.
O coração anoitece.

Então, criemos o Céu!
- Acolá a Estrela Polar!
que cintila, cintila...
Sempre a brilhar.
Sem parar.
Para nos mostrar,
que a Vida não pode parar.

domingo, 10 de agosto de 2008

O Espelho


Uma manhã, enquanto lavava a cara, o jardineiro pôs-se a olhar fixamente a sua imagem reflectida no espelho. E sorrindo consigo mesmo, disse:
"Sabes uma coisa? Creio que, com o tempo, acabarei por me habituar às tuas extravagâncias."

O Manancial dos Olhares


" Porque é que chamas Manancial dos Olhares à nascente de água que tens no teu jardim? - perguntou a mulher ao jardineiro. - Para que, quando beberem dela, se olhem no espelho da sua pia - respondeu o jardineiro. - E para que queres que olhemos o nosso reflexo na água? - Para que vejam a Verdade - foi a resposta simples do homem. - Não compreendo o que me queres dizer, jardineiro. O jardineiro deixou escapar um sorriso. - Ao chamar-lhe Manancial dos Olhares, incito-vos a procurarem o vosso olhar na superfície da pia, e quando encontrarem os vossos olhos na água emoldurados pelas nuvens do céu, encontram-se apenas a um passo de ver a Verdade da vossa existência. - Mas eu olhei-me muitas vezes no manancial e não vi nada do que me estás a dizer - disse-lhe a mulher, confusa. - Olha-te bem, mulher. Olha-te bem - respondeu com ternura o jardineiro."